quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

rede de balanço

Quero me afogar numa rede
e me afagar no meu homem, até de manhã.
Até que sol queime na pele
e os dedos estejam entrelaçados.

Quero a sorte da tranqulidade
e do gosto da maçã do rosto.
Até que os olhos não queiram mais abrir,
e batam os corações compassados.

Quero derrubar uma parede
e te fazer caber no meu abraço.
Até que o hoje seja o sempre,
e o futuro, dois passados.

Quero você afogado comigo
e afagado em meu abrigo.
Até que as almas permaneçam
e os corpos desfaleçam.

Até que seja o fim.